NanoBio – Grupo de Pesquisa em Nanocompósitos Funcionais à Base de Polímeros Biodegradáveis
  • Publicado em 20/06/2022 às 11:43


  • Estudante do Grupo NanoBio – UFSC Blumenau é premiada por pesquisa com embalagem biodegradável

    Publicado em 23/04/2024 às 16:12


    A estudante do curso de Engenharia de Materiais da UFSC Blumenau, Pamela Xavier Mendoza, conquistou o primeiro lugar na categoria pôster no 17° Congresso Brasileiro de Polímeros (CBPOL). O evento foi realizado de 29 de outubro a 2 de novembro, em Joinville. O trabalho intitulado Functionalization of clay nanoparticles by plasma for application in active packaging(Funcionalização de nanopartículas de argila por plasma para aplicação em embalagens ativas) é realizado em um projeto de iniciação científica orientado pela professora Larissa Nardini Carli.

    Pamela conta que o trabalho é baseado na elaboração de embalagens feitas com um polímero biodegradável, um plástico que se decompõe no meio ambiente chamado PHBV. Nele é adicionado óleo essencial de orégano, que é um componente naturalmente antimicrobiano e antioxidante. “Ao ter contato com o alimento, ela ajuda a preservá-lo por mais tempo, elevando essa embalagem ao posto de ‘embalagem ativa’. “Entretanto, a liberação desse óleo da embalagem deve ser controlada, por isso utilizamos nanopartículas de argila para ajudar na adsorção desse componente”, explica.

    Estudantes e professores da UFSC Blumenau no evento

    O plasma funciona modificando a superfície dessa argila fazendo com que o óleo tenha ainda mais interação e seja liberado mais gradualmente. “Obtivemos alguns resultados promissores, onde o tratamento com plasma realmente ajudou na liberação mais lenta e propriedades antioxidantes ao redor de 50%”, acrescenta.

    Em seu primeiro congresso, Pamela não esperava a premiação. “Foi uma surpresa incrível! Já estava muito contente só de ter tido a oportunidade de apresentar esse trabalho num congresso deste nível, e receber esse reconhecimento me deu mais motivação para continuar contribuindo para a área”, revela a futura engenheira. “Foi uma experiência muito incrível, enriquecedora e que eu recomendo a todos que fazem Engenharia de Materiais a participarem pelo menos uma vez, pois vale muito a pena!”, acrescenta.

    NanoBio

    Pamela é integrante do Grupo de Pesquisa em Nanocompósitos Funcionais à Base de Polímeros Biodegradáveis (NanoBio). Em 2021, outra integrante do mesmo grupo também recebeu destaque neste evento. Na época estudante do do Programa de Pós-Graduação em Nanociência, Processos e Materiais Avançados (PPGNPMat) da UFSC Blumenau, Pâmela Rosa Oliveira agora é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da UFSC e é coautora do trabalho premiado este ano.

    “Sou muito grata à minha orientadora por estar sempre presente de forma tão atenciosa e dedicada, sendo um exemplo admirável de mulher na pesquisa e no ensino! E tenho um agradecimento em especial para a doutoranda Pâmela Rosa, que não apenas desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento deste projeto, mas também teve um impacto significativo em minha jornada na iniciação científica desde 2020. Agradeço também ao grupo de pesquisa que faço parte, o NanoBio, que é composto por pessoas incríveis e que desempenham um papel fundamental no desenvolvimento das nossas pesquisas”, finaliza Pamela.

    O Congresso Brasileiro de Polímeros acontece a cada dois anos desde 1991. É organizado pela Associação Brasileira de Polímeros (ABPol) e oportuniza a discussão de temas de caráter científico, tecnológico e mercadológico, contando com a presença de pesquisadores, estudantes, empresas e organizações de diversos países.

    A programação do evento contou com diversas palestras, uma delas da professora da UFSC Blumenau Claudia Merlini, apresentações de trabalhos de graduação e de pós-graduação, exposições técnicas e uma mesa redonda.

    Serviço de Comunicação UFSC Blumenau
    Fotos: arquivo pessoal


  • Professoras do PPGNPMat são contempladas com Bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) do CNPq

    Publicado em 23/03/2023 às 14:45

    O Campus de Blumenau foi contemplado com duas bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) na Chamada Pública CNPq nº 09/2022 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sendo que ambas docentes contempladas, Profa. Dra. Claudia Merlini e Profa. Dra Larissa Nardini Carli, fazem parte do quadro de professores permanentes do Programa de Pós-Graduação em Nanociência, Processos e Materiais Avançados (PPGNPMat) e são docentes do curso de Engenharia de Materiais do Campus. O objetivo da chamada é valorizar os pesquisadores que possuem produção científica de destaque em suas respectivas áreas do conhecimento, incentivando, através da concessão de bolsas de estudos, o aumento da produção científica e o desenvolvimento de projetores inovadores.

    A chamada prevê uma série de rigorosas exigências, avaliando a relevância, originalidade e caráter inovador da contribuição científica do proponente ao longo da carreira, com ênfase nos últimos 5 anos, além do mérito do projeto de pesquisa, bem como a contribuição na formação de recursos humanos, atuação em cursos de graduação e pós-graduação, cooperação com grupos de pesquisas ou instituições nacionais e internacionais e realização de outras atividades voltadas à gestão científica.

    A contemplação nesse edital é um reconhecimento das pesquisas desenvolvidas pelas professoras, ambas pesquisadoras de destaque na área de Materiais Poliméricos, demonstrando o alto nível dos trabalhos científicos realizados em nosso Campus. Essas bolsas também favorecem positivamente a avaliação dos cursos de graduação e programas de pós-graduação e auxiliam na captação de recursos para a pesquisa.

    O Projeto contemplado pela Profa. Dra. Claudia Merlini, intitulado “Nanofibras poliméricas funcionais para aplicações biomédicas”, conta com a participação de 5 doutorandos, 4 mestrandos e 5 alunos de graduação, além de outros professores que colaboram a nível nacional e internacional, com destaque para a colaboração com o Laboratório de Materiais Poliméricos do Institut National des Sciences Appliquées de Lyon, França. Nesse projeto, o objetivo é desenvolver materiais inovadores para aplicações biomédicas, utilizados em máscaras faciais, no tratamento de queimaduras e feridas, reparo de órgãos, como nervos e regeneração óssea, propondo diversas soluções em potencial para os desafios atuais no campo biomédico. De acordo com a Profa. Claudia “As nanofibras poliméricas eletrofiadas apresentam diversas propriedades que são importantes para essas aplicações, como elevada área de superfície, porosidade e flexibilidade estrutural. Além disso, podem apresentam alguma semelhança às estruturas hierárquicas de tecidos biológicos naturais e serem funcionalizadas com diferentes nanopartículas, para conferir propriedades específicas, como por exemplo, atividade antibacteriana”.

    A Profa. Dra. Larissa Nardini Carli foi contemplada com o projeto “Materiais híbridos à base de quitosana/magnetita/nanopartículas de prata para aplicações ambientais”, que conta com a participação de quatro estudantes de graduação e um estudante de mestrado, além da colaboração com pesquisadores da UFSC, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade de Caxias do Sul (UCS). De acordo com a Profa. Larissa, “a obtenção de materiais híbridos à base de um polímero natural contendo nanopartículas de prata, com elevada capacidade de adsorção e degradação de poluentes como corantes e fármacos, bem como inativação/eliminação de microrganismos, pode resultar em um dispositivo versátil, de fácil obtenção e aplicação. A associação destes materiais a nanopartículas de magnetita é outra abordagem promissora, pois permite recuperar os materiais após sua aplicação em sistemas de tratamento através da aplicação de um campo magnético externo”.

    O desenvolvimento dos projetos além de possibilitar o desenvolvimento de inovação nas respectivas áreas, publicações científicas, também contribui para a formação de recursos humanos e integração entre alunos de Graduação e Pós-Graduação. Essa iniciativa é importante visando introduzir jovens pesquisadores na pesquisa científica, bem como, melhor prepará-los para a atuação no mercado de trabalho.


  • Pesquisadora do NanoBio estuda embalagem biodegradável que aumenta o prazo de validade dos alimentos

    Publicado em 14/09/2022 às 15:52

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    Nosso dia a dia é cercado de plástico. Olhe agora em sua volta. Certamente você verá diversos itens e é bem difícil imaginar nossa vida sem ele, não é? Apesar de ter sido um grande avanço para a indústria, o plástico acabou virando um problema ambiental devido ao grande período que leva para se decompor na natureza. Pensando em minimizar esse impacto ambiental, a aluna Pamela Xavier Mendoza desenvolve uma pesquisa de um tipo de embalagem para alimentos biodegradável e ativa.

    Uma embalagem ser biodegradável significa que, se for lançada na natureza, ela consegue ser decomposta por micro-organismos de forma muito mais rápida do que o plástico convencional. E ser ativa significa que ela interage com o alimento de alguma forma, melhorando seu desempenho em algum aspecto, seja na aparência, aroma, consistência ou prazo de validade.

    Pamela está cursando o 7º semestre do curso de Engenharia de Materiais da UFSC Blumenau e é bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do CNPq, orientada pela professora Larissa Nardini Carli. Para desenvolver a embalagem, a aluna está utilizando um polímero biodegradável chamado PHBV com adição de óleo essencial de orégano. “Esse óleo tem propriedades antifúngicas e bactericidas, ou seja, ele inibe o crescimento de micro-organismos que fazem a comida estragar”, explica.

    Foto: arquivo pessoal

    Para que o óleo não evapore da embalagem tão facilmente, foram misturadas nanopartículas de argila, pois ela ajuda a “encapsular” o óleo, tornando sua evaporação mais controlada. “A argila também é um componente natural, assim como o óleo, então nenhum desses compostos impede a biodegradação da embalagem”, acrescenta a pesquisadora.

    Além da diminuição de uso de embalagens plásticas convencionais, o projeto também tem como objetivo incentivar outras pesquisas sobre o tema, já que isso aumentaria as chances de que essas embalagens sejam produzidas em escala comercial e cheguem ao dia a dia das pessoas. “Mais do que isso, há toda uma mudança de pensamento envolvida. O consumidor, ao optar por uma embalagem biodegradável, também está pensando no bem do nosso meio ambiente e, por consequência, esse tipo de pensamento pode se estender a outros aspectos de sua vida voltados à preservação da natureza”, avalia Pamela.

    A pesquisa foi uma das selecionadas para a Mostra Científica da Semana do Meio Ambiente da UFSC, que acontece de 20 a 24 de junho. Com isso, a aluna produziu um vídeo em que explica melhor sua pesquisa. Assista abaixo:

    Iniciação científica

    Pamela conta que o interesse em fazer iniciação científica (IC) começou já no 1º semestre do curso. “Desde o início eu já pensava em aproveitar ao máximo os recursos oferecidos pela Universidade, e naquela época eu já tinha uma grande afinidade por polímeros, principalmente os biodegradáveis. Sendo assim, fui procurar professores que trabalhassem nessa linha de pesquisa e encontrei a professora Larissa, que me aceitou em seu grupo e sigo até hoje!”, relata a aluna.

    Para Pamela, a iniciação científica é uma experiência que todos os alunos deveriam vivenciar. “Fazendo IC você é imerso num ambiente onde é feito ciência na prática todos os dias, e em paralelo é possível conhecer outras áreas de pesquisa que ampliam os horizontes e trazem perspectiva quanto ao presente e o futuro da Engenharia de Materiais”, finaliza.


  • Mestranda do NanoBio tem trabalho premiado no 16º Congresso Brasileiro de Polímeros

    Publicado em 14/09/2022 às 15:44

    A estudante do Programa de Pós-Graduação em Nanociência, Processos e Materiais Avançados (PPGNPMat) da UFSC Blumenau e integrante da equipe NanoBio Pâmela Rosa Oliveira teve um trabalho premiado no 16º Congresso Brasileiro de Polímeros, realizado de 24 a 28 de outubro. Ela ficou em terceiro lugar na categoria aluno de mestrado com a pesquisa Kaolin nanoclays organically modified with oregano essential oil for active packaging applications (Nanopartículas de argila caulim modificadas organicamente com óleo essencial de orégano para aplicação em embalagem ativa). O trabalho é orientado pela professora Larissa Nardini Carli e coorientado pelo professor Ismael Casagrande Bellettini.

    A embalagem ativa tem a função de preservar a qualidade do produto e prolongar seu prazo de validade. É denominada assim porque existe uma interação entre a embalagem e o produto. Pâmela explica que, durante a produção de embalagem ativa, os aditivos, como óleos essenciais, são normalmente incorporados diretamente na matriz polimérica em altas temperaturas. “No entanto, esse método apresenta algumas desvantagens, como volatilização do composto ativo durante o processamento, uma liberação rápida durante a aplicação e um mecanismo de ação de curto prazo. Uma forma de minimizar esse problema é o uso de nanopartícula de argila – que apresenta alta área específica, presença de poros e espaçamento basal – como meio de armazenamento do composto ativo”, explica.

    Assim, a pesquisa teve como objetivo modificar nanopartículas de argila caulim (caulinita e haloisita) com óleo essencial de orégano para aplicação em matrizes poliméricas na produção de embalagens ativas com propriedades antimicrobianas. “Inicialmente, foram realizados dois métodos de modificação, utilizando agitação magnética ou processo de ultrassom. A partir da segunda metodologia, mais quatro condições foram testadas a fim de aumentar a eficiência de incorporação. A eficiência máxima, que foi de 47% para a haloisita e de 43% para a caulinita, foi alcançada por meio de ultrassom e vácuo”, conta a mestranda.

    Esta foi a primeira vez que Pâmela conquistou uma premiação em um evento científico. “Fiquei muito lisonjeada. Além de um incentivo para continuação e visibilidade da pesquisa, é também um reconhecimento, que representa um trabalho em conjunto com toda a equipe”, comemora.

    Sobre o evento

    Congresso Brasileiro de Polímeros (CBPOL), organizado pela Associação Brasileira de Polímeros (ABPol), é um evento bienal que ocorre desde 1991 e que completou 30 anos. A edição de 2021 foi realizada de forma online e teve como tema a cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. Com o formato remoto, essa foi a primeira vez que o evento contou com a participação de pesquisadores, estudantes e entidades de outros países.

    O CBPOL tem como objetivo apresentar e discutir diversos temas na área de polímeros, divulgando descobertas e os avanços da área. Além da apresentação de trabalhos, a programação do evento também contou com exposições e palestras técnicas de empresas produtoras de polímeros e equipamentos de laboratório.